Se um dia eu me encontrasse
Com certeza eu diria
Para a parte de mim que sorria
Que não partisse nunca mais
Se um dia eu me encontrasse
Em uma esquina escura, em uma tarde fria
Que parte de mim que antes sofria
Eu diria, não me lembro mais
Se um dia eu me encontrasse
Não haveria tempestade que desse jeito
Fagulha de esperança acenderia em meu peito
E eu, e eu, caminharia em paz
Cetim e Pitanga
domingo, 13 de outubro de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Um
Da terra, sou filha
Sem fila
só chão
Do dia tiro o som
a cor, a força
o tom
Da noite vem a calma
a sombra, a paz
a alma
Pede tempo que o tempo faz
caminhar no vento
de tempos atrás
A força de dentro corre, também
no rio, despretensiosa majestade
desemboca no mar, fortaleza
que faz de mim
um ser
um só
um
Sem fila
só chão
Do dia tiro o som
a cor, a força
o tom
Da noite vem a calma
a sombra, a paz
a alma
Pede tempo que o tempo faz
caminhar no vento
de tempos atrás
A força de dentro corre, também
no rio, despretensiosa majestade
desemboca no mar, fortaleza
que faz de mim
um ser
um só
um
sábado, 29 de dezembro de 2012
Rápido demais
Foi a brisa ou foi o tic tac
Que levou o que eu fui?
Riso solto, areia
Vermelho, o Sol
Foi-se mais uma vez
não vi o adeus
Volte
Sonhos, pegadas
Azul, o mar
me fez lembrar que ontem eu corri
e cheguei rápido demais
no hoje
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
tempinho
Hoje o tempo bate, maltrata, enforca, esfaqueia, debocha,
ignora
faz que tanto fez
Feliz é aquele que riu dele alguma vez.
faz que tanto fez
Feliz é aquele que riu dele alguma vez.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
O filho do século - Murilo Mendes
Nunca mais andarei de bicicleta
Nem conversarei no portão
Com meninas de cabelos cacheados
Adeus valsa "Danúbio Azul"
Adeus tardes preguiçosas
Adeus cheiros do mundo sambas
Adeus puro amor
Atirei ao fogo a medalhinha da Virgem
Não tenho forças para gritar um grande grito
Cairei no chão do século vinte
Aguardem-me lá fora
As multidões famintas justiceiras
Sujeitos com gases venenosos
É a hora das barricadas
É a hora da fuzilamento, da raiva maior
Os vivos pedem vingança
Os mortos minerais vegetais pedem vingança
É a hora do protesto geral
É a hora dos vôos destruidores
É a hora das barricadas, dos fuzilamentos
Fomes desejos ânsias sonhos perdidos,
Misérias de todos os países uni-vos
Fogem a galope os anjos-aviões
Carregando o cálice da esperança
Tempo espaço firmes porque me abandonastes.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Amor e um café
Você chega sempre
com os braços ao meu redor, com esse seu jeito de calma de fim de tarde, de
brisa que leva embora a impaciência da cidade. Abraça-me, sorri e ilumina a
sala, o quarto, o meu olhar. Diz que sentia minha falta, mas eu só escuto o
canto da cotovia a anunciar que a temporada das chuvas já passou, que minha
vida agora é verão.
Hoje meu dia está assim, leve.
Sim, leve, acredite. Não percebeu?
Meus pensamentos até voaram em sua direção. Coitados, estavam exaustos da redundância de minha mente que insiste em pintar quadros de nós dois e esse amor de piquenique, de MPB, de praia ao anoitecer.
Ah, meu bem! Que sorte a minha de no meio da vida encontrar um sonho.
Meus pensamentos até voaram em sua direção. Coitados, estavam exaustos da redundância de minha mente que insiste em pintar quadros de nós dois e esse amor de piquenique, de MPB, de praia ao anoitecer.
Ah, meu bem! Que sorte a minha de no meio da vida encontrar um sonho.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Libertate
Cinza, rotina, pertubação
Não irei mais sentir
Cor... é cor que eu quero na composição
Das horas soltas dos dias que deixei ir
As palavras nos muros não oprimem mais
Agora vou pintar
Uma flor em cada insulto a mais
Que o lado de fora falar
Vou voar com o vento
Vestir os minutos
Vou dançar e aproveitar um momento
Com os pés descalços insulto
Essa cerca que prende suas ideias
Que não te deixa voar comigo
Esqueça isso de sorrir com a plateia
E vamos atuar nas nossas vidas, meu amigo!
Não irei mais sentir
Cor... é cor que eu quero na composição
Das horas soltas dos dias que deixei ir
As palavras nos muros não oprimem mais
Agora vou pintar
Uma flor em cada insulto a mais
Que o lado de fora falar
Vou voar com o vento
Vestir os minutos
Vou dançar e aproveitar um momento
Com os pés descalços insulto
Essa cerca que prende suas ideias
Que não te deixa voar comigo
Esqueça isso de sorrir com a plateia
E vamos atuar nas nossas vidas, meu amigo!
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